sexta-feira, 4 de março de 2011

TROQUE A BALANÇA PELA FITA MÉTRICA!


O Dr. David Heber (Fundador e Diretor do Centro de Nutrição Humana da UCLA) tinha razão. O novo índice chama-se Índice de Adiposidade Corporal ou Body Adiposity Index (BAI): onde a forma é mais importante do que o peso.
Pesquisadores acreditam que essa será uma alternativa ao índice de massa corporal (IMC), medida utilizada há 200 anos
A medida, batizada de Índice de Adiposidade Corporal (BAI), é a divisão da circunferência do quadril pela altura menos dezoito, que resulta no percentual de gordura corporal
Cientistas desenvolveram uma nova fórmula capaz de medir se uma pessoa está acima do peso sem a necessidade de subir em uma balança. A medida, batizada de Índice de Adiposidade Corporal (BAI), é a divisão da circunferência do quadril pela altura menos dezoito, que resulta no percentual de gordura corporal. Segundo a pesquisa publicada nesta quinta-feira no periódico científico Obesity, essa seria uma alternativa ao índice de massa corporal (IMC), medida amplamente utilizada por médicos de todo o mundo há 200 anos, calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado.
Os pesquisadores formularam o índice a partir de um estudo feito com uma população hispânica dos Estados Unidos. Depois, eles confirmaram a exatidão da escala ao compará-la com outra pesquisa, feita com a população negra americana, em que foi utilizado um exame conhecido como desintometria (DXA), considerado o padrão ouro para a medida da obesidade. Essa comparação demonstrou resultados semelhantes, sugerindo que o novo índice poderia ser utilizado em grupos de diferentes etnias.
Para Marcio Mancini, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o novo índice poderá ser utilizado para complementar a avaliação do paciente obeso. “Um índice não substituirá o outro. Eles podem ser utilizados ao mesmo tempo. Atualmente, o IMC é utilizado para comparar populações, definir prescrição de medicações ou antes da realização de uma cirurgia bariátrica”, diz.
Apesar de o IMC apresentar falhas e não ser eficaz para representar a situação de atletas ou crianças, Mancini lembra ele não é a única medida adotada. “Temos também a avaliação clínica do especialista e a medição da circunferência do abdome e do quadril”, afirma.
De acordo com os autores do estudo, a fórmula ainda precisa de ajustes e deve ser testada em outros grupos étnicos. Eles acreditam que o método poderá ser utilizado em locais com acesso limitado à infraestrutura de saúde pública, sem uma balança, por exemplo.
“Após a realização de uma validação adicional, essa medida, que é facilmente obtida, poderá ser proposta como ideal para saber o percentual de gordura de uma pessoa”, disseram os pesquisadores. "Antes disso, será preciso comprovar se ela prevê o percentual de gordura em crianças e se será capaz de prever o risco de doenças cardiovasculares", acrescentaram.

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