por Luana Santahelena
sem azimutes e perdida na noite só
estava no nascente temendo sol se pôr
não sabia do mito celta, nem de seu terror
mas queria ser a filha pagã, sem ter nem dó
o rumo vazio da viagem nos mares tristes
sem legados ou heranças dos desatinos
com a fúria dos elos perdidos dos meninos
por certo, eis os tolos com os quais tu viestes
não como uma sereia perdida e tão leviana
seu descaso profético trouxe desleixo
és um mago sem cajado, fora do eixo
sou guerreira, sempre rasteira, sou só Luana
mas não tente buscar comigo um abrigo
nada há que me faça mudar a direção
faceira, sem ser meiga, sou fruto da razão
se me pedes que dê nova face, nem ligo
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