quarta-feira, 22 de julho de 2009

MEU PECADO


por Luana Santahelena

Existe uma triste ciência que mata pequenos poetas notívagos,
matando o que desconhece,
não aceitando o sigilo de outra alma,
pensando ser o dono do único umbigo digno de respeito.
Os profundos seres,
capazes de serem superiores por agradar o enorme universo de três pessoas.

Pedras atiram sem importa-se com seu telhado de vidro,
sem saber conjugar os verbos auxiliar, ajudar, partilhar, cooperar
ou mesmo respeitar.
Aulas ausentes na infância!

Habitam cemitérios de tristeza
daqueles que se julgam superiores a todos.
“O que me agrada é perfeito, os demais são nada”.
São obscuros na vida
e nada serão na morte.

Agradeço a existência de pessoas assim,
pois estes erros me levam a ver os dotes da soberba.
Se acaso aprender com eles,
serei mais humana com meu semelhante.

O tom negro de seu sarcasmo,
não confere com o tom cinza de seu orgasmo,
viventes que não perceberam ainda a diferença entre o umbigo e o pênis.

Sou um aprendiz na linha da vida,
sou fraca nas palavras e franca nas idéias.
Se não agrado a todos os paladares:
- Perdão!
Cometi o pecado de pensar
e pra muitos isto é ofensa.

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