domingo, 13 de abril de 2008

VETERANOS DE GUERRA

por Luana Santahelena

Não vêem o início da odisséia terrestre,
o fim objetivando o início,
não falam o suficiente,
nem mesmo agem tão coerentes assim;
mas o que importa é que o objetivo é aprender.

Aquele antigo esquema:
notar,
gostar,
querer,
lutar,
cair e perder.
A vontade de potência,
vencendo facilmente
a desistência daquele que nem sempre vence.
E como a loucura é geral,
uns rindo e os demais partindo,
muitos chorando pelos que não voltaram.
Voltarão?
Estão indo rumo a solução utópica,
deixem rolar...
o carro,
o barco,
o apartamento e o condomínio absurdo,
o aparte destes momentos dispendiosos;
relacionamentos,
o rolar a vida,
o brincar de faz de conta,
o fingir que nada aconteceu,
que ninguém se feriu,
que Suely não chorou.
Mesmo quando perde-se a vida,
caindo enfim na realidade,
desativando o real de todos nós,
os mesmos que estamos entrelacadamente unidos em meio a tempestade.

A nação dos índios,
a que é a mesma do homem chita
que quer seu salário banana,
o alimento,
o aumento,
uma maior cultura,
cultura política,
cultura derivada,
cultura sanitária.
A vontade de se livrar do plágio exterior interiorizado,
da falta de criatividade nacional,
pois o índio não é mais como antigamente,
já mora na cidade grande,
tem cara pálida,
tem cara branca,
tem cara de sacana.

Finalmente,
a cultura da politicagem,
a cultura doméstica,
aquilo que pros filhos é viagem,
que é trabalho pra polícia,
a mesma que não trabalha pelo individuo
e sim pelo prazer de usar seu cassetete,
pelos espancamentos derivados da falta de cultura.
A falta da saúde publica que nunca entrou em vigor
e a derrota contra a dengue...

PAZ AOS VETERANOS DESTAS GUERRAS!

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